Áudio-descrição das Ruas: “Para Cada Centavo Que Tirarem da Saúde, Segurança e Educação, Nas Ruas seremos 1 Milhão!”
Extraído de meu Blog em: http://www.lerparaver.com/lpv/audio-descricao-ruas-cada-centavo-que-tirarem-saude
Prezados,
Tenho dito que o estudo das diretrizes da áudio-descrição ensina aos tradutores visuais a ver aquilo que, embora enxergando, eles não veem, porque não aprenderam a observar. E tenho dito aos clientes da áudio-descrição que ao receberem-na com uma tradução visual de qualidade e empoderativa, descobrirão quanto não enxergam, mesmo quando têm baixa visão.
Isso significa entender que há muita coisa importante em um evento visual que fica fora do conhecimento da pessoa com deficiência visual, exatamente porque ela não recebeu a áudio-descrição do evento.
Muitas pessoas cegas, acostumadas a compreender o mundo visual por meio dos recursos cognitivos e sensoriais distintos do sentido da visão não se dão conta de que existem uma enormidade de situações visuais, as quais facilitariam o entendimento, ampliariam esse entendimento ou eliminaria dúvidas ou ambiguidade na compreensão desse mundo intangível.
É nesse sentido que a áudio-descrição entra, traduzindo os eventos visuais em palavras e é por isso que áudio-descrição é mais do que uma descrição falada de uma imagem, de um filme ou peça teatral. Áudio-descrição é a tradução visual dos eventos visuais, é a tradução que envolve as relações semânticas dos elementos, as relações espaciais, temporais e cognitivas deles. Áudio-descrição é empoderativa, logo não é explicativa, paternalista ou condescendente. Áudio-descrição não subestima a capacidade do usuário em compreender o evento visual (filme, escultura, fotografia ou a descrição da arquitetura de um espaço etc.
Logo, o áudio-descritor não censura o que vê, não editorializa o que vê, não altera o que vê, inferindo sobre o que vê, ou descrevendo o que não vê, nem subestima o contexto do que é visto e as pessoas para quem o que é visto está sendo traduzido.
A áudio-descrição é uma área do conhecimento elaborada, a partir da academia com a participação da pessoa com deficiência, com a audição da pessoa com deficiência, não meramente porque ela era pessoa com deficiência, mas porque ela tinha o conhecimento para orientar o processo tradutório. Áudio-descrição, portanto, não é a somatória de áudio da narração que alguém faz, com a descrição que sempre se fez e faz de algo. Áudio-descrição é (Base XV do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa) uma tradução visual, em que a leitura semiótica é aplicada para o empoderamento da pessoa com deficiência, em particular, para a pessoa com deficiência visual, pessoas cegas ou com baixa visão.
Sim, as pessoas com baixa visão também se beneficiam da áudio-descrição, uma vez que, nem sempre estão enxergando o que pensam estar, uma vez que mudanças de iluminação, distância e outras variáveis podem interferir na capacidade visual dessas pessoas.
Não mais me alongando na apresentação das diretrizes da áudio-descrição, reflito agora, para depois amarrar com o que foi apresentado, sobre o que ocorreu ontem e tem ocorrido no Brasil nos últimos dias. Refiro-me aos manifestos por um País com melhor educação, segurança e saúde de qualidade para todos.
Refiro-me às manifestações que exprimem o descontentamento da população, meu também, contra os bilhões de dólares gastos com estádios que só servem aos bolsos de empresários e os centavos aplicados na educação de nosso povo, na saúde de nossa população e na segurança de nós cidadãos brasileiros.
Os manifestos populares são contra a tentativa de limitar órgãos legítimos da investigação da corrupção e dos corruptores, da investigação e punição dos políticos que lapidam o dinheiro público, que destroem a cultura e educação brasileira, tirando dinheiro delas para aplicarem em elefantes brancos e que investigam e buscam a punição de organismos governamentais e não-governamentais, os quais fazem uso dos recursos financeiros e físicos do Brasil, vendendo o País aos interesses comerciais de alguns, como o da Fifa que até na lei interna do país interferiu, descriminalizando a venda de bebida alcoólica nos estádios, o que é crime pela legislação brasileira.
E essa mudança na legislação para acolher o poder econômico de alguns empresários e políticos corruptos só foi possível pela corrupção daqueles que votaram a aprovação da mudança da lei para conformar os interesses daqueles que não vivem no País, mesmo quando aqui moram.
É dito que o Brasil é País do futebol. Mas, o que não é dito, porque não se parecia saber, é que o Brasil, antes de mais nada, é País dos Brasileiros, inclusive daqueles que moram fora daqui.
Quarentões e cinco entoes do jornalismo, das TVs, dos meios de comunicação e seus filhotes, desantenados com os conceitos de inclusão social, têm tentado avaliar as manifestações da população brasileira sob a ótica do passado, da guerra fria, do “marquecismo” que serviu aos seus pais e, talvez, a nem estes, juntando-se a muitos políticos e partidos que são células ultrapassadas e manipuladoras de massa.
Deram-se todos maus!
O movimento social atual é um reflexo do sentimento de inclusão que
Anseia transformação social, para acolher, respeitar e defender direitos de todos e de cada um de ter saúde, educação, segurança, cultura e demais direitos humanos previstos na Carta de 48 e em Nossa Surrada Constituição, com igualdade de condições e de oportunidades para todos.
A mídia brasileira está tentando, assim como os governadores e outros políticos e partidos desantenados com os verdadeiros movimentos populares, não as massas que eles costumavam conduzir, identificar um líder, um grupo com quem falar para “negociar” as reivindicações. Não vão achar esses líderes! E se acharem, provavelmente não serão líderes do movimento que emana dos Brasileiros para o Brasil.
E isso é facilmente compreendido, se os governantes desta continental Nação perceber que não se aceita negociar a falta de recursos para a educação, para a saúde e segurança dos brasileiros; se perceber que não há negociação para a falta de moradia, de transporte e de cultura para os cidadãos brasileiros.
O Brasil não aceita negociar o que lhe é de direito Constitucional e os governantes têm anos, após anos denegado esses direitos, seus partidos e mídia, sendo partícipes nessa negativa de direitos e anseios. O Brasil exige e os governantes devem cumprir!
Negociar significaria aceitar menos do que é de direito e isso a população brasileira não mais aceita.
O Pelé disse que os brasileiros deveriam esquecer as manifestações e aplaudir a seleção, num exemplo do que digo aqui: esses ultrapassados personagens de um Brasil pré-noventa não rejuvenesceram com o Brasil, não progrediram com os Brasileiros, não transformaram a ordem de quem obedece para a ordem de que não mais somos sós por uma sociedade inclusiva: somos todos e um com o outro, não apenas junto, uns dos outros, mas estamos uns com os outros.
Os jovens brasileiros e os mais velhos que rejuvenesceram com o Brasil entendem isso e entendem que não mais seremos diplomatas com o desrespeito aos direitos humanos dos brasileiros, isso entendido que não mais seremos vacas de presépio, não mais seremos massa de manobra, não mais aceitamos partidos, sindicatos ou grupos que infiltrem em nosso meio para desvirtuar nossos anseios por uma sociedade inclusiva, verdadeiramente para todos, onde nesse todos ninguém seja deixado de fora.
Essa nova lógica pode parecer estranha e difícil de compreender aos que analisam os eventos com os olhos enviesados da história passada, sem o vislumbre de uma sociedade em que todos somos diferentes, sem o saber de que e a diferença nos completa na essência de cidadãos brasileiros, de cidadãos do mundo, de pessoas humanas. Para nós, isso é plenamente compreendido e aceitável, como aceitável é estar nas ruas para reivindicar uma sociedade para todos, sem que aqueles partidos, sindicatos e políticos encarquilhados se nos estejam nos calcanhares, ou sugando nossos esforços para destes fazerem suas bandeiras propagandistas. De fato, aquele político ou partido que tentar fazer isso se dará mal!
As manifestações, como vimos, já deram essa indicação: rejeitaram a participação de partidos e grupos que queriam beneficiar-se politicamente da reivindicação social brasileira, demonstrando quanto esses partidos estão destituídos de representatividade e de representantes da população brasileira. E isso se dá, porque não lutam por uma sociedade inclusiva. E a inclusão, diferentemente do discurso político, é uma prática, não uma fala, um discurso cheio de frases de efeito e promessas que não serão cumpridas.
Os chamados representantes políticos legítimos, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidenta do Brasil estão, como a demais melhor que fiquem, calados. A razão disso é que não conhecem o Brasil que eles dizem representar. Prova disso são as leis contra a impunidade que querem aprovar, exemplo disso são os atos de uma Comissão de Direitos Humanos que tem à frente um hipócrita que não cuida, não defende e, mais, ainda, obra contra os direitos humanos, exemplo disso são os gastos descomedidos de um executivo que deveria aplicar na educação, na saúde e na segurança, os bilhões que emprega via BNDS nos bolsos dos empresários que ganham com uma Copa ignorante das necessidades dos cidadãos, em cujo País tal Copa é jogada.
E, não menor exemplo disso é a existência de uma Secretaria de Direitos Humanos que não passa de Secretaria de Interesses humanos, dos humanos comparsas, sócios e membros dessa cúpula que ignora os anseios humanos das pessoas brasileiras.
Não é assim? Onde está a tal Secretaria de Direitos Humanos no favorecimento das manifestações, no apoio aos humanos que estão lutando por uma sociedade inclusiva?
Certamente os políticos, os politiqueiros de plantão, seus porta-vozes laranjas e paus mandados virão à público dar explicações e trazer argumentos falaciosos para não estarem ou estarem, sem aparecer, nos movimentos. Talvez dirão que estão acompanhando, bla, bla, bla!
Sim, estão acompanhando. Estão acompanhando bem lá atrás na fila da história, há 40 anos atrás, tanto que não percebem que as manifestações ocorrem, inclusive em cidades pequenas, como as daqui do Nordeste, como a de Limoeiro, no interior de Pernambuco, onde as pessoas saem para as ruas, porque estão contrárias ao modelo coronelista econômico que se vem empregando nos grupos sociais mais pobres.
Nas cidades pequenas, onde todos conhecem todos e o poder de intimidação de certos políticos (Prefeitos) é forte contra seus cidadãos, sempre se achou que manifestações como estas não aconteceriam. Erraram novamente!
As pessoas não mais aceitam ser tangidas, não mais aceitam migalhas, quando têm direito aos milhões que estão sendo despejados na Copa das Confederações e serão na Copa do Mundo. Não queremos uma Copa do Mundo, a não ser que tenhamos uma Copa, Sala, Quarto e Cozinha, em que possamos morar com dignidade, com segurança, em cuja proximidade tenha escolas de qualidade, em cuja redondeza haja emprego digno, transporte acessível, cultura e lazer para todos.
Esse é nosso líder, essa é nossa pauta, essa é a orientação de nossos passos nas ruas, pois esses são os quesitos básicos de uma sociedade inclusiva.
Certamente eu poderia desvelar vários outros aspectos da inclusão social que permeiam as manifestações, a legitimidade delas e a natureza esperada de um movimento, cujo significado podemos dizer em outras palavras das acima mencionadas que o líder não é outro que o sentimento flutuante chamado indignação e a pauta, não outra que o respeito, garantia e aplicação imediata dos recursos financeiros e humanos na educação, na saúde e na segurança dos Brasileiros, cuja pauta é a aplicação de bilhões na moradia, no transporte, na empregabilidade, na acessibilidade aos bens e serviços por todos, com igualdade de oportunidades e igualdade de condições, contudo, este post vai longo e quer agora mostrar como pessoas sem acessibilidade comunicacional ficam alijadas do conhecimento completo e de seu direito a respeito do que está acontecendo, da forma que está acontecendo.
A mídia, porta-voz das leituras ultrapassadas e mercantilistas que visavam a publicidade do futebol, a lavagem cerebral dos cidadãos Brasileiros para o consumo do produto futebolístico, de plano, anunciou o movimento social brasileiro como sendo uma ação de poucos vândalos, como sendo uma manifestação política contra o PSDB e como sendo algo passageiro que alguns queriam fazer, apenas apara mostrarem-se nas câmeras do mundo que vinha acompanhar o “Brasil do Futebol”. Erraram!
O movimento era de Brasileiros indignados contra os bilhões que foram retirados da educação, da saúde, da segurança, do transporte, da moradia etc. para serem aplicados nos bolsos de empresários brasileiros e estrangeiros ávidos por sugar o sangue de nossos cidadãos, deixando-os com as contas para pagar, como certo parasita que retira de seu hospedeiro o que ele tem de vida, para, depois de o matar, buscar outro hospedeiro.
Depois, a mídia percebeu que o movimento era muito maior que uma manifestação por transporte público com menor tarifa, mas um movimento em que as reivindicações eram múltiplas, amplas, reais. Aí, a mídia, em particular as de grande porte, com vertentes nas TV e de rádio, começou a desmerecer o movimento, dizendo que os participantes das manifestações nem sabiam o que queriam, que nas ruas, nem sabiam para onde ir ou a quem seguir.
Erraram novamente! Seguíamos o sentimento de indignação contra a falta de responsividade a nossos anseios de pessoas humanas dotadas de direitos humanos fundamentais, educação, saúde, moradia, trabalho etc. E sabíamos, sabemos, para onde ir: para as ruas, para as redes sociais, para frente dos prédios que acolhem nossos “chamados representantes”, os políticos que recebem os salários que nós pagamos com nossos impostos. E sabíamos e sabemos qual é a pauta de reivindicações: imediata aplicação de recursos financeiros e humanos na educação, saúde e segurança etc. E essa pauta não é negociável. Ela deve ser cumprida pelos governantes, sob pena de estarmos nas ruas, cada vez mais, como expressava um dos cartazes exibidos por manifestantes: “Para Cada Centavo Que Tirarem da Saúde, Segurança e Educação, Nas Ruas seremos 1 Milhão!”
A propósito dos cartazes e da cobertura que a mídia fez/está fazendo das manifestações.
Ela, depois de perceber que errava novamente na linha editorial que conduzia a respeito das manifestações, talvez sob o pedido dos governantes, inclusive da Presidenta, passou a enfatizar que o movimento era pacífico, e sempre foi mesmo, apenas ela que não queria mostrar isso, e passou, porém, mostrar os atos de vandalismo dos eventos, num discurso, por de trás do discurso, estratégia já bem conhecida pela população. Esta, não deixou de sair para as ruas, temendo que poderiam ser agredidas por militares aos milhares, por vândalos às unidades.
Aliás, quem diria que a polícia Paulista, Carioca e de outros Estados tinham tantos militares como apareceram para conter as manifestações contra a impunidade desses governantes e bandas podres de polícia e políticos, hein?
O Executivo destinou polícia suficiente para fazer uma guerra, gastando milhões, quando os morros continuam sendo dominados por bandidos, certas câmeras e partes do Congresso, Prefeituras e Governos
municipais, Estaduais e Federal também.
O tempo todo se falava que a Inteligência da Polícia estava atuando. Deveriam estar para encontrar os traficantes de armas, drogas e de crianças e mulheres, em lugar de quererem intimidar a população brasileira com discursos militarescos.
Ocorre que não acreditamos na tal Inteligência da Polícia. Ela não mais funciona para calar o povo quando o povo tem a liberdade das redes sociais. E, engana-se aquele que achar que o conceito de redes sociais se restringe à internet. Isso foi passado
Talvez, agora, seja momento de irmos para as ruas para reivindicarmos que toda essa polícia esteja na rua para nos prover segurança. Talvez um cartaz dessa manifestação diga que “polícia na rua é para dar segurança: com ela no quartel, o governador dança!” !
E tudo isso ocorrendo e a mídia, rádio e televisão divulgando. E tudo isso ocorrendo e as pessoas com deficiência sendo tratadas como meios cidadãos, como meios consumidores dos produtos noticiários nessas mídias e outras.
As cenas eram mostradas, mas nada de se as descrever. Alguns cartazes eram mostrados (poucos, pois isso não era de interesse das mídias e de quem as controlam), mas não eram lidos etc.
A falta de acessibilidade comunicacional imperou todo o tempo. As pessoas com deficiência visual não sabem quanto perderam de informação e as que sabem, perderam do mesmo jeito. Ficaram sem as informações do sentimento que era traduzido nesses cartazes; ficaram alijados do direito de concordarem ou descordarem do que estava ali escrito etc.
As imagens mostradas eram seguidas de expressões meramente desclassificatórias dos atos, sem dar aos espectador com deficiência visual o direito de decidir por si só se a cena era de agressão ou de defesa, se era de indignação ou desafio etc.
Descreva o que você vê era meramente trocado por “ouça o que eu acho”, dos âncoras e jornalistas que erravam nomes e dados do que estavam mostrando.
Um aluno de jornalismo que tenha deficiência visual ficou parcialmente alijado da aprendizagem que poderia ter de como fazer, ou não fazer, matérias ao vivo etc. Falas do tipo: “Estão quebrando as placas, com a imagem da tela mostrando uma placa intacta e muito mais eram apresentadas e as pessoas com deficiência visual estavam fora de tudo isso, entendendo o movimento social, sendo partícipe dele, mas não tendo o direito de o ver na TV, ou nas fotos de jornais e outras mídias na internet.
Dia primeiro de Julho próximo passaremos a ter 4 horas de áudio-descrição obrigatórias na TV. A lei será cumprida? A áudio-descrição será empoderativa ou apenas teremos alguém fazendo a locução de algum texto narrativo do que alguém acha que viu, pensa que viu e com as inferências e opiniões de que acha que áudio-descreveu?
Áudio-descrição é um direito à acessibilidade comunicacional, é direito de Fraternidade na forma de Nossa Constituição e não vamos pedir por ela, vamos exigir!
Hoje, mais do que nunca a população brasileira descobriu que não precisa de maus políticos para os representar em suas reivindicações. Juntos somos fortes e somos brasileiros. Essa descrição basta para dizer que nós, as pessoas com deficiência, não aceitamos áudio-descrição pela metade, acessibilidade pela metade. Não somos cidadãos pela metade e nossos votos não valem apenas a metade. Eles valem 45 milhões de votos.
E, se não entenderem isso, entendam que: “Para Cada Centavo Que Tirarem da Saúde, Segurança, acessibilidade e Educação, Nas Ruas seremos 1 Milhão!”
Prof. Francisco Lima (professor de Educação Inclusiva no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, CPF 073.941.158.60)
Francisco J. Lima
E-mail limafj.br@gmail.com
Idealizador do portal na internet (www.associadosdainclusao.com.br)
Editor da Revista Brasileira de Tradução Visual (www.rbtv.associadosdainclusao.com.br)
Idealizador da página de direito inclusivo www.direitoparatodos.associadosdainclusao.com.br
Idealizador da Web Rádio educativa www.radio.associadosdainclusao.com.br
Formador de tradutores visuais (de áudio-descritores) www.audiodescricao.associadosdainclusao.com.br
Responsável pelo Blog Áudio-descrição: Opinião, Crítica e Comentários (http://www.lerparaver.com/blog/2595)
Idealizador do Grupo de estudos em áudio-descrição (visite esse grupo em http://groups.google.com/group/audio-descricao-em-estudo?hl=pt-BR)
Inscreva-se nesse grupo, mandando um e-mail em branco e sem assunto para audio-descricao-em-estudo+subscribe@googlegroups.com
Inclusão é sociedade para Todos: Diga não à indústria da deficiência.
Áudio-descrição das Ruas: “Para Cada Centavo Que Tirarem da Saúde, Segurança e Educação, Nas Ruas seremos 1 Milhão!”
Extraído de meu Blog em: http://www.lerparaver.com/lpv/audio-descricao-ruas-cada-centavo-que-tirarem-saude
Prezados,
Tenho dito que o estudo das diretrizes da áudio-descrição ensina aos tradutores visuais a ver aquilo que, embora enxergando, eles não veem, porque não aprenderam a observar. E tenho dito aos clientes da áudio-descrição que ao receberem-na com uma tradução visual de qualidade e empoderativa, descobrirão quanto não enxergam, mesmo quando têm baixa visão.
Isso significa entender que há muita coisa importante em um evento visual que fica fora do conhecimento da pessoa com deficiência visual, exatamente porque ela não recebeu a áudio-descrição do evento.
Muitas pessoas cegas, acostumadas a compreender o mundo visual por meio dos recursos cognitivos e sensoriais distintos do sentido da visão não se dão conta de que existem uma enormidade de situações visuais, as quais facilitariam o entendimento, ampliariam esse entendimento ou eliminaria dúvidas ou ambiguidade na compreensão desse mundo intangível.
É nesse sentido que a áudio-descrição entra, traduzindo os eventos visuais em palavras e é por isso que áudio-descrição é mais do que uma descrição falada de uma imagem, de um filme ou peça teatral. Áudio-descrição é a tradução visual dos eventos visuais, é a tradução que envolve as relações semânticas dos elementos, as relações espaciais, temporais e cognitivas deles. Áudio-descrição é empoderativa, logo não é explicativa, paternalista ou condescendente. Áudio-descrição não subestima a capacidade do usuário em compreender o evento visual (filme, escultura, fotografia ou a descrição da arquitetura de um espaço etc.
Logo, o áudio-descritor não censura o que vê, não editorializa o que vê, não altera o que vê, inferindo sobre o que vê, ou descrevendo o que não vê, nem subestima o contexto do que é visto e as pessoas para quem o que é visto está sendo traduzido.
A áudio-descrição é uma área do conhecimento elaborada, a partir da academia com a participação da pessoa com deficiência, com a audição da pessoa com deficiência, não meramente porque ela era pessoa com deficiência, mas porque ela tinha o conhecimento para orientar o processo tradutório. Áudio-descrição, portanto, não é a somatória de áudio da narração que alguém faz, com a descrição que sempre se fez e faz de algo. Áudio-descrição é (Base XV do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa) uma tradução visual, em que a leitura semiótica é aplicada para o empoderamento da pessoa com deficiência, em particular, para a pessoa com deficiência visual, pessoas cegas ou com baixa visão.
Sim, as pessoas com baixa visão também se beneficiam da áudio-descrição, uma vez que, nem sempre estão enxergando o que pensam estar, uma vez que mudanças de iluminação, distância e outras variáveis podem interferir na capacidade visual dessas pessoas.
Não mais me alongando na apresentação das diretrizes da áudio-descrição, reflito agora, para depois amarrar com o que foi apresentado, sobre o que ocorreu ontem e tem ocorrido no Brasil nos últimos dias. Refiro-me aos manifestos por um País com melhor educação, segurança e saúde de qualidade para todos.
Refiro-me às manifestações que exprimem o descontentamento da população, meu também, contra os bilhões de dólares gastos com estádios que só servem aos bolsos de empresários e os centavos aplicados na educação de nosso povo, na saúde de nossa população e na segurança de nós cidadãos brasileiros.
Os manifestos populares são contra a tentativa de limitar órgãos legítimos da investigação da corrupção e dos corruptores, da investigação e punição dos políticos que lapidam o dinheiro público, que destroem a cultura e educação brasileira, tirando dinheiro delas para aplicarem em elefantes brancos e que investigam e buscam a punição de organismos governamentais e não-governamentais, os quais fazem uso dos recursos financeiros e físicos do Brasil, vendendo o País aos interesses comerciais de alguns, como o da Fifa que até na lei interna do país interferiu, descriminalizando a venda de bebida alcoólica nos estádios, o que é crime pela legislação brasileira.
E essa mudança na legislação para acolher o poder econômico de alguns empresários e políticos corruptos só foi possível pela corrupção daqueles que votaram a aprovação da mudança da lei para conformar os interesses daqueles que não vivem no País, mesmo quando aqui moram.
É dito que o Brasil é País do futebol. Mas, o que não é dito, porque não se parecia saber, é que o Brasil, antes de mais nada, é País dos Brasileiros, inclusive daqueles que moram fora daqui.
Quarentões e cinco entoes do jornalismo, das TVs, dos meios de comunicação e seus filhotes, desantenados com os conceitos de inclusão social, têm tentado avaliar as manifestações da população brasileira sob a ótica do passado, da guerra fria, do “marquecismo” que serviu aos seus pais e, talvez, a nem estes, juntando-se a muitos políticos e partidos que são células ultrapassadas e manipuladoras de massa.
Deram-se todos maus!
O movimento social atual é um reflexo do sentimento de inclusão que
Anseia transformação social, para acolher, respeitar e defender direitos de todos e de cada um de ter saúde, educação, segurança, cultura e demais direitos humanos previstos na Carta de 48 e em Nossa Surrada Constituição, com igualdade de condições e de oportunidades para todos.
A mídia brasileira está tentando, assim como os governadores e outros políticos e partidos desantenados com os verdadeiros movimentos populares, não as massas que eles costumavam conduzir, identificar um líder, um grupo com quem falar para “negociar” as reivindicações. Não vão achar esses líderes! E se acharem, provavelmente não serão líderes do movimento que emana dos Brasileiros para o Brasil.
E isso é facilmente compreendido, se os governantes desta continental Nação perceber que não se aceita negociar a falta de recursos para a educação, para a saúde e segurança dos brasileiros; se perceber que não há negociação para a falta de moradia, de transporte e de cultura para os cidadãos brasileiros.
O Brasil não aceita negociar o que lhe é de direito Constitucional e os governantes têm anos, após anos denegado esses direitos, seus partidos e mídia, sendo partícipes nessa negativa de direitos e anseios. O Brasil exige e os governantes devem cumprir!
Negociar significaria aceitar menos do que é de direito e isso a população brasileira não mais aceita.
O Pelé disse que os brasileiros deveriam esquecer as manifestações e aplaudir a seleção, num exemplo do que digo aqui: esses ultrapassados personagens de um Brasil pré-noventa não rejuvenesceram com o Brasil, não progrediram com os Brasileiros, não transformaram a ordem de quem obedece para a ordem de que não mais somos sós por uma sociedade inclusiva: somos todos e um com o outro, não apenas junto, uns dos outros, mas estamos uns com os outros.
Os jovens brasileiros e os mais velhos que rejuvenesceram com o Brasil entendem isso e entendem que não mais seremos diplomatas com o desrespeito aos direitos humanos dos brasileiros, isso entendido que não mais seremos vacas de presépio, não mais seremos massa de manobra, não mais aceitamos partidos, sindicatos ou grupos que infiltrem em nosso meio para desvirtuar nossos anseios por uma sociedade inclusiva, verdadeiramente para todos, onde nesse todos ninguém seja deixado de fora.
Essa nova lógica pode parecer estranha e difícil de compreender aos que analisam os eventos com os olhos enviesados da história passada, sem o vislumbre de uma sociedade em que todos somos diferentes, sem o saber de que e a diferença nos completa na essência de cidadãos brasileiros, de cidadãos do mundo, de pessoas humanas. Para nós, isso é plenamente compreendido e aceitável, como aceitável é estar nas ruas para reivindicar uma sociedade para todos, sem que aqueles partidos, sindicatos e políticos encarquilhados se nos estejam nos calcanhares, ou sugando nossos esforços para destes fazerem suas bandeiras propagandistas. De fato, aquele político ou partido que tentar fazer isso se dará mal!
As manifestações, como vimos, já deram essa indicação: rejeitaram a participação de partidos e grupos que queriam beneficiar-se politicamente da reivindicação social brasileira, demonstrando quanto esses partidos estão destituídos de representatividade e de representantes da população brasileira. E isso se dá, porque não lutam por uma sociedade inclusiva. E a inclusão, diferentemente do discurso político, é uma prática, não uma fala, um discurso cheio de frases de efeito e promessas que não serão cumpridas.
Os chamados representantes políticos legítimos, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidenta do Brasil estão, como a demais melhor que fiquem, calados. A razão disso é que não conhecem o Brasil que eles dizem representar. Prova disso são as leis contra a impunidade que querem aprovar, exemplo disso são os atos de uma Comissão de Direitos Humanos que tem à frente um hipócrita que não cuida, não defende e, mais, ainda, obra contra os direitos humanos, exemplo disso são os gastos descomedidos de um executivo que deveria aplicar na educação, na saúde e na segurança, os bilhões que emprega via BNDS nos bolsos dos empresários que ganham com uma Copa ignorante das necessidades dos cidadãos, em cujo País tal Copa é jogada.
E, não menor exemplo disso é a existência de uma Secretaria de Direitos Humanos que não passa de Secretaria de Interesses humanos, dos humanos comparsas, sócios e membros dessa cúpula que ignora os anseios humanos das pessoas brasileiras.
Não é assim? Onde está a tal Secretaria de Direitos Humanos no favorecimento das manifestações, no apoio aos humanos que estão lutando por uma sociedade inclusiva?
Certamente os políticos, os politiqueiros de plantão, seus porta-vozes laranjas e paus mandados virão à público dar explicações e trazer argumentos falaciosos para não estarem ou estarem, sem aparecer, nos movimentos. Talvez dirão que estão acompanhando, bla, bla, bla!
Sim, estão acompanhando. Estão acompanhando bem lá atrás na fila da história, há 40 anos atrás, tanto que não percebem que as manifestações ocorrem, inclusive em cidades pequenas, como as daqui do Nordeste, como a de Limoeiro, no interior de Pernambuco, onde as pessoas saem para as ruas, porque estão contrárias ao modelo coronelista econômico que se vem empregando nos grupos sociais mais pobres.
Nas cidades pequenas, onde todos conhecem todos e o poder de intimidação de certos políticos (Prefeitos) é forte contra seus cidadãos, sempre se achou que manifestações como estas não aconteceriam. Erraram novamente!
As pessoas não mais aceitam ser tangidas, não mais aceitam migalhas, quando têm direito aos milhões que estão sendo despejados na Copa das Confederações e serão na Copa do Mundo. Não queremos uma Copa do Mundo, a não ser que tenhamos uma Copa, Sala, Quarto e Cozinha, em que possamos morar com dignidade, com segurança, em cuja proximidade tenha escolas de qualidade, em cuja redondeza haja emprego digno, transporte acessível, cultura e lazer para todos.
Esse é nosso líder, essa é nossa pauta, essa é a orientação de nossos passos nas ruas, pois esses são os quesitos básicos de uma sociedade inclusiva.
Certamente eu poderia desvelar vários outros aspectos da inclusão social que permeiam as manifestações, a legitimidade delas e a natureza esperada de um movimento, cujo significado podemos dizer em outras palavras das acima mencionadas que o líder não é outro que o sentimento flutuante chamado indignação e a pauta, não outra que o respeito, garantia e aplicação imediata dos recursos financeiros e humanos na educação, na saúde e na segurança dos Brasileiros, cuja pauta é a aplicação de bilhões na moradia, no transporte, na empregabilidade, na acessibilidade aos bens e serviços por todos, com igualdade de oportunidades e igualdade de condições, contudo, este post vai longo e quer agora mostrar como pessoas sem acessibilidade comunicacional ficam alijadas do conhecimento completo e de seu direito a respeito do que está acontecendo, da forma que está acontecendo.
A mídia, porta-voz das leituras ultrapassadas e mercantilistas que visavam a publicidade do futebol, a lavagem cerebral dos cidadãos Brasileiros para o consumo do produto futebolístico, de plano, anunciou o movimento social brasileiro como sendo uma ação de poucos vândalos, como sendo uma manifestação política contra o PSDB e como sendo algo passageiro que alguns queriam fazer, apenas apara mostrarem-se nas câmeras do mundo que vinha acompanhar o “Brasil do Futebol”. Erraram!
O movimento era de Brasileiros indignados contra os bilhões que foram retirados da educação, da saúde, da segurança, do transporte, da moradia etc. para serem aplicados nos bolsos de empresários brasileiros e estrangeiros ávidos por sugar o sangue de nossos cidadãos, deixando-os com as contas para pagar, como certo parasita que retira de seu hospedeiro o que ele tem de vida, para, depois de o matar, buscar outro hospedeiro.
Depois, a mídia percebeu que o movimento era muito maior que uma manifestação por transporte público com menor tarifa, mas um movimento em que as reivindicações eram múltiplas, amplas, reais. Aí, a mídia, em particular as de grande porte, com vertentes nas TV e de rádio, começou a desmerecer o movimento, dizendo que os participantes das manifestações nem sabiam o que queriam, que nas ruas, nem sabiam para onde ir ou a quem seguir.
Erraram novamente! Seguíamos o sentimento de indignação contra a falta de responsividade a nossos anseios de pessoas humanas dotadas de direitos humanos fundamentais, educação, saúde, moradia, trabalho etc. E sabíamos, sabemos, para onde ir: para as ruas, para as redes sociais, para frente dos prédios que acolhem nossos “chamados representantes”, os políticos que recebem os salários que nós pagamos com nossos impostos. E sabíamos e sabemos qual é a pauta de reivindicações: imediata aplicação de recursos financeiros e humanos na educação, saúde e segurança etc. E essa pauta não é negociável. Ela deve ser cumprida pelos governantes, sob pena de estarmos nas ruas, cada vez mais, como expressava um dos cartazes exibidos por manifestantes: “Para Cada Centavo Que Tirarem da Saúde, Segurança e Educação, Nas Ruas seremos 1 Milhão!”
A propósito dos cartazes e da cobertura que a mídia fez/está fazendo das manifestações.
Ela, depois de perceber que errava novamente na linha editorial que conduzia a respeito das manifestações, talvez sob o pedido dos governantes, inclusive da Presidenta, passou a enfatizar que o movimento era pacífico, e sempre foi mesmo, apenas ela que não queria mostrar isso, e passou, porém, mostrar os atos de vandalismo dos eventos, num discurso, por de trás do discurso, estratégia já bem conhecida pela população. Esta, não deixou de sair para as ruas, temendo que poderiam ser agredidas por militares aos milhares, por vândalos às unidades.
Aliás, quem diria que a polícia Paulista, Carioca e de outros Estados tinham tantos militares como apareceram para conter as manifestações contra a impunidade desses governantes e bandas podres de polícia e políticos, hein?
O Executivo destinou polícia suficiente para fazer uma guerra, gastando milhões, quando os morros continuam sendo dominados por bandidos, certas câmeras e partes do Congresso, Prefeituras e Governos
municipais, Estaduais e Federal também.
O tempo todo se falava que a Inteligência da Polícia estava atuando. Deveriam estar para encontrar os traficantes de armas, drogas e de crianças e mulheres, em lugar de quererem intimidar a população brasileira com discursos militarescos.
Ocorre que não acreditamos na tal Inteligência da Polícia. Ela não mais funciona para calar o povo quando o povo tem a liberdade das redes sociais. E, engana-se aquele que achar que o conceito de redes sociais se restringe à internet. Isso foi passado
Talvez, agora, seja momento de irmos para as ruas para reivindicarmos que toda essa polícia esteja na rua para nos prover segurança. Talvez um cartaz dessa manifestação diga que “polícia na rua é para dar segurança: com ela no quartel, o governador dança!” !
E tudo isso ocorrendo e a mídia, rádio e televisão divulgando. E tudo isso ocorrendo e as pessoas com deficiência sendo tratadas como meios cidadãos, como meios consumidores dos produtos noticiários nessas mídias e outras.
As cenas eram mostradas, mas nada de se as descrever. Alguns cartazes eram mostrados (poucos, pois isso não era de interesse das mídias e de quem as controlam), mas não eram lidos etc.
A falta de acessibilidade comunicacional imperou todo o tempo. As pessoas com deficiência visual não sabem quanto perderam de informação e as que sabem, perderam do mesmo jeito. Ficaram sem as informações do sentimento que era traduzido nesses cartazes; ficaram alijados do direito de concordarem ou descordarem do que estava ali escrito etc.
As imagens mostradas eram seguidas de expressões meramente desclassificatórias dos atos, sem dar aos espectador com deficiência visual o direito de decidir por si só se a cena era de agressão ou de defesa, se era de indignação ou desafio etc.
Descreva o que você vê era meramente trocado por “ouça o que eu acho”, dos âncoras e jornalistas que erravam nomes e dados do que estavam mostrando.
Um aluno de jornalismo que tenha deficiência visual ficou parcialmente alijado da aprendizagem que poderia ter de como fazer, ou não fazer, matérias ao vivo etc. Falas do tipo: “Estão quebrando as placas, com a imagem da tela mostrando uma placa intacta e muito mais eram apresentadas e as pessoas com deficiência visual estavam fora de tudo isso, entendendo o movimento social, sendo partícipe dele, mas não tendo o direito de o ver na TV, ou nas fotos de jornais e outras mídias na internet.
Dia primeiro de Julho próximo passaremos a ter 4 horas de áudio-descrição obrigatórias na TV. A lei será cumprida? A áudio-descrição será empoderativa ou apenas teremos alguém fazendo a locução de algum texto narrativo do que alguém acha que viu, pensa que viu e com as inferências e opiniões de que acha que áudio-descreveu?
Áudio-descrição é um direito à acessibilidade comunicacional, é direito de Fraternidade na forma de Nossa Constituição e não vamos pedir por ela, vamos exigir!
Hoje, mais do que nunca a população brasileira descobriu que não precisa de maus políticos para os representar em suas reivindicações. Juntos somos fortes e somos brasileiros. Essa descrição basta para dizer que nós, as pessoas com deficiência, não aceitamos áudio-descrição pela metade, acessibilidade pela metade. Não somos cidadãos pela metade e nossos votos não valem apenas a metade. Eles valem 45 milhões de votos.
E, se não entenderem isso, entendam que: “Para Cada Centavo Que Tirarem da Saúde, Segurança, acessibilidade e Educação, Nas Ruas seremos 1 Milhão!”
Prof. Francisco Lima (professor de Educação Inclusiva no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, CPF 073.941.158.60)
Francisco J. Lima
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Inclusão é sociedade para Todos: Diga não à indústria da deficiência.